quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Divulgar a arte é parte da nossa luta!


na 17a. Edição do

Rua Alberto Cardoso de Melo Netto, 115 - São Paulo - SP

Venha nos visitar de 17 à 22 de Agosto, no Clube A Hebraica – Salão Marc Chagall - Nosso stand é o 06.

De terça à sexta de 15:00 hs às 22:00 hs, sábado e domingo de 13:00 hs às 21:00 hs





Gonçalo Ivo - 97 x 195 cm - Oratório - 2010

As obras que apresentaremos já estão disponíveis no nosso site www.murilocastro.com.br



Belo Horizonte: Rua Antônio de Albuquerque, 377 / conj 02 - 30.112-010 - Minas Gerais - Brasil

Nova Lima: Rua Niágara, 384, Jardim Canadá 34.000-000 – Minas Gerais - Brasil

+55-31-3287.0110 – www.murilocastro.com.br

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Começa a temporada de salões - Universo da aquarela


Salão do Universo da Aquarela “A Arte de Compartilhar, jornada 2010”.

Marinês Takano

Banco Central do Brasil

Gerência Administrativa em São Paulo

Comunicação Social

Espaço Cultural Banco Central

Av. Paulista, 1.804

01310-922 – São Paulo – SP

(11) 3491-6916 / 3491-7847


segunda-feira, 14 de junho de 2010

II ENCONTRO BIENAL DE PSICANÁLISE E CULTURA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICANÁLISE DE RIBEIRÃO PRETO

“A SAGA DE CAMILLE CLAUDEL”
(1864/1943)
Decio Cassiani Altimari
Parte 2

Camille tinha 21 anos e Rodin tinha 45.
Ele estava amasiado, há tempos, com Rose Beuret, uma costureirinha que lhe dera um filho (que ele jamais reconhecera como seu). A pacata Rose era condescendente em relação aos “casos” do companheiro, sabendo que não tinha mulher que passasse no ateliê dele, fosse modelo, mundana, aristocrata, inglesa, americana ou polonesa, que ele não levasse ao leito. Que Rodin era um insaciável sátiro, Rose sabia. Inclusive sabia das tragédias de sua insaciabilidade, como a da aluna que se suicidou quando descartada. Rose sabia que Rodin não se ligava às mulheres. Tanto quanto Rodin sabia que não ligava para mulher alguma.
Até chegar Camille, que ela foi paixão.
Da paixão que foi o começo do escangalho da cabeça dela. Porque:
a) ela logo soube que jamais Rodin largaria de Rose para se casar com ela. Rose era quasi-quê ignorante, muito singela, bastante moderada, e um tanto feiosa; Rose era o acabado oposto de Camille, mulher sofisticada, culta, inteligente, agitada, e muito bonita. Mas Rodin preferia viver dos mornos ensopados que Rose lhe cozinhava, a viver do calor capitoso dos braços de Camille. A vida de monótona mesmice com Rose lhe era melhor que uma vida de surpresas constantes com Camille; que se lamentava por isso;
b) ela logo soube dos escritos dos críticos de Arte que escreviam que os trabalhos que expunha e assinava como seus, na verdade tinham sido feitos por Rodin e não por Camille; que se lamentava por isso;
c) ela logo soube (e se lamentava por isso) de que tudo o que ela fazia no ateliê de Rodin, como sua assistente, e com participação relevante nos feitos, (como na “Porta do Inferno” e nos “Burgueses de Calais”, onde as belas mãos e belos pés dos expressivos personagens eram da autoria dela), jamais tinha dele a menção da participação dela, Camille.
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Insisto nesse ponto, porque no período entre 1885 e 1898 foi o período áureo dele, quando produziu as mais apaixonadas e sensuais obras; depois que ela foi embora, Rodin deixou de criar; murchou de vez. Tanto que, já sem ela, em 1900, na Exposição Universal de Paris, apresentou nada de novo, mesmo sendo nomeado pelo Governo francês como “o maior artista vivo do mundo”.
Em 1898, no décimo terceiro ano de parceria artístico-amorótica, Camille engravidou. Rodin nem quis saber da gravidez (como não quisera saber de outras tantas anteriores dela). Camille fez outro abortamento, e foi embora.
Montou ateliê próprio no número 19 da Rue Bourbon, na Île de Saint Louis.
Trabalhava intensamente (feito “louca”), portas fechadas, trancadas, escondida. Apresentou trabalho importante no Salão Oficial (“L’âge Mûr” = “Maturidade”); o trabalho foi recusado. Desesperou-se, crendo na sua cabeça confundida que tal fora manobra de Rodin. E tudo o quê fizera e tudo o que passou a fazer a partir disso, destruía: argilas moldadas, gessos formatados, mármores esculpidos, tudo virava pó, às marretadas dela, no ateliê esvaziado de móveis e utensílios, onde ela dormia em catre, nem tendo onde lavar-se ou limpar-se. Ali entravam poucos, como o “marchand” Eugène Blot, que tinha carinho especial, respeitoso e honesto por ela. Com cuidado e persistência convenceu-a fazer exposição. Camille concordou. E fez. Mas resultou em horror. Não pelas obras expostas. “Ela” foi o horror; quando chegou, na inauguração, seu aspecto pessoal escandalizou e sua figura espantou: como raramente se lavava, cheirava mal; como não trocava a roupa, a que usava estava nos frangalhos. Desgrenhada. Embriagada. Um bicho, falando obscenidades. A “vernissage” foi um fracasso. Um horroroso fracasso.
Se não trabalhava, ela vivia do quê? De brisa?
Não, pois tinha apoio do pai (que mandava sempre um “dinheirinho”, escondido da esposa).
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E também um pouco de apoio do irmão, o Paul Claudel, já poeta falado, já diplomata disputado e já “bem de vida”. Paul era um religioso fanático, um moralista intransigente, e que dizia que amava a irmã [o patamar desse amor, ao menos na minha interpretação, estava mais para o incestuoso que para o fraternal], e odiava Rodin, cujo ódio advinha (reproduzindo o que dizia sempre);
“pelo que ele fez com minha irmã, que perdeu tudo com ele”.
O pai, velho e dominado pela esposa, era proibido de visitar a filha e morreu triste; foi enterrado no 03 de Março de 1913. Camille nem soube.
Depois do enterro o que fez a mãe? O seguinte, logo, no 07 de Março:
mandou um médico examinar a Camille; a moça trancou a porta. Por ordem judicial, policiais arrombaram, invadiram o ateliê, manietaram a Camille e o médico fez exame, à força. E escreveu laudo:
“O que subscreve este documento certifica que a Senhorita Camille Claudel padece de problemas intelectuais muito sérios, que a levam a adotar hábitos miseráveis; está completamente suja e jamais se lava; vendeu todos os móveis da casa em que mora, menos a cama; passa todo o tempo fechada em casa sem ar, pois mantém as portas e janelas hermeticamente cerradas.Desde alguns meses não sai durante o dia e só faz raras escapadas noturnas. Pessoalmente constatei que ao longo dos últimos 7 a 8 anos tem se sentido perseguida. Deve ser internada.
Dr. Michaux
De posse desse... “laudo” (que não explicita “doença mental”, nem “loucura”, e tão pouco que a internação deveria ser em “sanatório de alienados”, ou em “manicômio”), a mãe fez a polícia pegar a moça à força, e jogaram-na em um hospício.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

II ENCONTRO BIENAL DE PSICANÁLISE E CULTURA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICANÁLISE DE RIBEIRÃO PRETO

Esse assunto muito interessante foi tema de estudos e dircursos feitos nesse encontro, que ocorrerá novamente daqui a dois anos, então uma dica :
- Não percam, vou postar uma parte do trabalho para instigar vc a participar desse encontro, ok!
Primeira parte

“A SAGA DE CAMILLE CLAUDEL”
(1864/1943)
Decio Cassiani Altimari

Camille, filha do Senhor Louis-Prosper Claudel, pacato funcionário público no nordeste da França, homem bondoso e que acreditava nos filhos, incentivando-os nos seus desejos profissionais (Camille quis ser artista plástica – e foi; a irmã Louise quis ser pianista – e foi; o caçula Paul quis ser poeta – e foi, e todos o foram com as bênçãos do pai). A sua mulher era uma megera; se chamava Louise-Athénaise, e arrotava um passado nobre, escondendo sempre a história do irmão louco de pedra que se suicidara; era uma virago; casou e seu primeiro filho morreu com 16 dias de vida, não querendo mais voltar à maternidade; ao saber que lhe viria um próximo filho, detestou o concepto que crescia no seu ventre, e o detestou por toda vida depois que nasceu: esse era a Camille.
Quanto aos demais dois Louise-Athénaise amenizou o ódio e 'té mesmo lhes deu amor; o segundo nascido foi a filha Louise, que se fez pianista [a mãe dizia que ela era uma virtuose (não era)]; pelo terceiro desenvolveu uma tão exagerada como patética afeição: foi o Paul, que será poeta místico de fama e diplomata de carreira falada.
Já a menina Camille, essa teve sempre o ódio dela, que só foi ir aumentando com o passar do tempo (sei lá o porquê).
O casal Claudel era religioso. Muito religioso. A religião do pai era boa. Mas a religião da Senhora Claudel era má, sem compreensão, sem um pingo de bondade. A sua religião era o avesso da do Senhor Claudel (aliás, ela era o avesso de tudo o que era bom).
Daí o Senhor Claudel não se escandalizar quando Camille, aos 17 anos, lhe disse que queria ser escultora e que queria ir a Paris estudar. Aceitou. Lembro que mulher querer ser “artista” nessa época era meio absurdo e mesmo meio indecente; ser escultor então era uma absurda indecência. Porém Camille tanto queria que o pai esforçou-se e conseguiu matricular a menina (de 17 anos) na Academia Colarossi (a única da França que recebia mulheres aprendizes); foi aluna na classe de Boucher (escultor menor da época, mas diz-quê instrutor bom e eficiente). Aí, Boucher ganhou Prêmio de viagem à Itália, em 1883; antes de ir pediu para um amigo também escultor assumir seus pupilos (dentre eles uma mulher: a Camille, que já estava nos 19 anos).
O amigo era um escultor que o Boucher apontava ser genial: Auguste Rodin.
Boucher era dos únicos que o considerava genial; quasi-quê todo mundo considerava Rodin esquisitão, escultor que pouco satisfazia os que lhe encomendavam trabalhos, pois os resultados das encomendas eram freqüentemente esquisitos, raramente correspondendo às especificações dos contratantes, que pagavam caro e antecipadamente como Rodin exigia.
Relutou em receber mulher-aluna, mas cedeu quando a viu chegar: ela era jovem e linda. Logo, em 1885, vendo-a com capacidade tal que tinha nada a aprender dele nas classes, foi trabalhar no seu ateliê como assistente. Lá, rapidamente, foi guindada à condição de “principal ajudante”. E mais rapidamente ainda passou a ser modelo; a modelo tornou-se musa, a musa transformou-se em inspiradora, e a inspiradora acabou sendo amante. Tudo bem rapidamente.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

MARP - Museu de Arte de Ribeirão Preto

Coordenadoria de Artes Visuais
Secretaria Municipal da Cultura

Informativo 008 / 2010


GRUPO DE ESTUDOS MARP

Nos encontros semanais, sempre às terças-feiras, após apresentação de vídeo, leitura de textos ou análise de produções artísticas, se segue um debate priorizando temas cotidianos e assuntos pertinentes à arte contemporânea.



No MARP - Museu de Arte de Ribeirão Preto
Evento gratuito, aberto a interessados
Informações MARP (16) 3635 2421

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Retomando o assunto.

Clique na imagem para visualisá-la melhor

Nos dias atuais, temos medo de folhear o jornal, as noticias são em sua maioria sobre violência e catástrofes, é certo que sempre houve uma tendência a se usar o sensacionalismo para vender jornais mas na verdade isso tem extrapolado, chego a pensar que nem eles agüentam mais, por isso sempre que posso apoio entidades públicas ou privadas, pessoas e ONGs que estejam semeando um novo amanhã, sobre tudo se essas usarem a arte para formação do intelecto. Que bom se esse tipo de iniciativa existisse em todas as cidades, ta aí lançada a ideia!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Quando a pintura se torna uma cura

    
Com o tempo, vamos percebendo mais, as coisas e uma das coisas que percebi é que a pintura pode ser usada como um tratamento para a alma, pessoas com problemas de insônia, depressão, angustia pela perda de entes queridos, baixa estima e uma  infinidades de outros problemas comuns nos nossos dias, quando começam a aprender a pintar nos relatam que durante a aula seus problemas são drenados e que com o tempo esse sentimento se expande para além da aula e que quando as crises se apresentam basta pegar a tela os pincéis e equilíbrio emocional é prontamente recuperado.
     Posso dizer que sou testemunha desse efeito que a pintura causa , por ocasião da morte de minha filha; ela foi leal companheira se não fosse por ela não sei se teria me recuperado, sim , posso recomendar a pintura para esse fim, mas não deixo de vê-la também como uma forma de alimentar a alma, a arte é um alimento para a alma tão essencial quanto o alimento o é para a saúde do corpo físico, quem negligencia essa alimentação se torna menos sensível.
    A sensibilidade nos torna mais humanos, nos faz entender o outro e a necessidade que temos de estar em paz com os nossos, e em sintonia com a mãe terra.
    Faça um teste por um período, entre em contato com um artista em seu atelier e se inscreva para aulas de pintura, muitos profissionais da saúde perderão seus clientes se aceitarem meu desafio, existe uma sensação indescritível em espalhar o óleo sobre a tela e ver as coisas aparecendo como num passo de mágica e você perceber que o que pensou nunca ser capaz se materializando na ponta de seu pincel, nesse momento se sentirá unido a todos que já se aventuraram por esses caminhos, como uma comunhão secreta que só se pode sentir, então saberá que não precisa mais de seu (sua) mestre, você estará pronto(a).
    Se estiver em Franca-SP é só me procurar no ateliê do Decos, mas se não estiver mande me emails pois tenho amigos no Brasil inteiro e terei um imenso prazer em indicar um de meus amigos que se encontrar mais perto de você, vamos dê essa chance a si mesmo(a).
    Mas se assim mesmo não quiser aprender a arte, adquira um quadro ponha em seu quarto, em sua sala, deixa que essa energia possa permear sua existência e alimentar sua alma. até o próximo post!