sexta-feira, 29 de maio de 2009

Diferença entre telas artisticas e decorativas



Essa é polêmica. Com a queda do simbolismo e ascensão do abstrato na década de sessenta, ocorreu um fenômeno entre os artistas, de um lado os simbolistas, então reis absolutos, alegam que o que os outros fazem não é arte, de outro lado os abstracionistas alegavam que ficando preso no passado não há criação e só cópias sem valor; isso se arrasta até os nossos dias com o agravante que muitas vertentes surgiram desde então nos deixando uma questão a responder:
O que é arte e o que é decoração?
Em minha medíocre opinião, concordo com a definição de um grande amigo e pintor, que Deus o tenha, ele dizia: “A arte, menino, é o fruto do trabalho de um artista, pois ao ir a padaria você não diz que duvida que aquele pãozinho seja um pãozinho, pois ele é fruto do trabalho de um padeiro, da mesma forma se foi um artista que fez então é arte, você tem o direito de não gostar dela mas não tem o direito de dizer que não e arte."
Se o trabalho é feito por um artista com formação acadêmica ou não, isso é irrelevante, desde que seja obra nascida de um pensamento, brotada do desejo de fazer e forjada no âmago do espírito de tal forma, que ao terminar a obra o artista sinta um imenso prazer como num êxtase, e se torne impossível para ele deixar de assinar seu trabalho, como se dá nome a um filho.
No entanto se o trabalho é fruto de uma aula de artes ou de um programa de televisão do tipo olhe e aprenda, mesmo que se torne algo belo e digno de ser admirado esse trabalho é decorativo, é claro que tem seu valor mas deve ser visto como decoração e não pode de forma alguma ser vendido como arte pois isso seria uma propaganda enganosa.
Nas fotos: Eu com minha amiga Edna Síkora recebendo dela um quadro que sempre levarei comigo, Obrigado Edna! Esse foi o auge de todo o meu versissage, e um obrigado também a Pinacoteca de Franca na pessôa do diretor, Wagner Voss.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O mercado e a Arte

O mais difícil para um artista plástico eu diria, é achar um mercado pra suas obras, principalmente se ele mora fora dos grandes centros, além de artista sou também Marchand de artistas como, Edna Síkora (Arte Naif ,com trabalhos espalhados pelo mundo)
Linah Biasi (hiper-realista reconhecida internacionalmente, veja no rodapé da pagina)entre outros, e a reclamação é a mesma, parece que o estigma de o artista só ser valorizado post mortem tem se aplicado a maioria.
A arte é o alimento para o espírito, temo que a maioria dos brasileiros perderá a oportunidade de ter telas que no futuro custarão uma pequena fortuna, por não saber aproveitar a oportunidade de adquiri-las enquanto podem ser compradas.

"A arte e seus dogmas"

Recentemente conversando com um amigo artista, ouvi uma queixa que se tem feito ecoar pelo meio, "temos muitos pintores bons, porém são poucos os artistas plásticos.”
Infelizmente sou obrigado a concordar com a afirmação de meu grande amigo Beto Monteiro. Para quem não está ligado diretamente as artes essa afirmação pode parecer estranha, mas parece-me que a onda de produção a qualquer custo, pela qual passou a musica nos últimos anos chegou também as artes plásticas de modo geral, como no caso da música ainda temos coisas de qualidade sendo feitas no entanto tem sido raras, a última bienal ficará como um marco na nossa história e parece corroborar com minha dissertação.