segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cerâmica Nacional - A mais antiga das américas




Pasmem!
Peças Marajoaras datadas de 400 a 1350 d.c.
As mais antigas civilizações ceramistas das Américas estão no Brasil.

Em Tapeirinha, em Pedra Pintada foi encontrada peças de cerâmica de 5.600 a.c., é anterior a qualquer outra tanto nas americas quanto na europa incluindo a Grécia.
Só o Japão com a cultura Jomon 10 a 12 mil anos a.c. e no norte de Africa a cerâmica e anterior à brasileira.

Acabo de saber que nossa cultura antecede a todas as outras culturas que viveram nas Américas, e por pior que possa parecer tenho que concordar com o que foi dito na matéria citada á baixo, o mundo acadêmico nacional dá pouquíssimo valor a essa arte milenar. A cerâmica é capaz de datar a mudança do homem em relação ao mundo em que vive, tanto quanto qualquer outro trabalho de transformação do meio.

Primitivas culturas, com plasticidade do barro e as formas de criações de utensílios, demonstram a capacidade de criação artística de um povo, ao expressar-se pela arte ceramista. Infelizmente o brasileiro de maneira geral pouco sabe sobre a historia da cerâmica primitiva e pouco é feito pelas autoridades acadêmicas para mudar essa triste realidade.
publicado no caderno 2 do do jornal O Estado de São Paulo, 28/06/09 D8, Materia assinada por Rogério César de Cerqueira Leite, exelente matéria.

sábado, 27 de junho de 2009

Postado no Blog do meu amigo



Linah Biasi

A cada dia vemos o aumento do interesse pela arte contemporânea, concomitante à desvalorização dos conceitos clássicos da criação artística.
Devemos lembrar que o processo de formação do artista compreende o estudo das formas, dos volumes, da perspectiva, da luz e da sombra, das superfícies diversas.
Após ter passado um período na Europa, tendo tido contato com as obras dos grandes pintores, passei a refletir qual seria o motivo dessa grandeza. Concluí que não se tratava apenas de genialidade ou originalidade, mas um absoluto domínio da técnica.
Picasso, por exemplo, foi antes de revolucionário, um clássico, e nisto está a grandiosidade da sua transgressão. Não foi cubista por inépcia , mas por opção, e seus conhecimentos de perspectiva trouxeram profundidade aos quadros da nova fase.
Assim, mesmo os modernos demonstram grande domínio das técnicas de pintura.
Tendo feito em minha vida profissional, desde o mais abstrato à reinterpretação de vários clássicos, voltei ao Brasil determinada a mudar a direção do meu trabalho. Nestas circunstâncias, voltei-me ao Realismo como fonte de inspiração. Escolhi o OVO pelo seu aspecto filosófico, como símbolo de renas-cimento. A partir dele, estaria preparando a eclosão de uma nova artista.
Ao trazer a arte para o cotidiano, preocupou-me também os aspectos sociais.
O jovem artista desejoso por trilhar os caminhos da pintura, não necessita de materiais muito dispendiosos nem de uma temática desconhecida. Pode simples-mente iniciar sua pintura a partir dos elementos cotidianos. Este seria o diferencial, mostrar a arte acessível a todos, revelando beleza nas mínimas coisas.
Todos já vimos e já comemos um ovo, mas poucos percebem sua potencialidade artística. Do mesmo modo, cada um terá uma visão diferente das obras. Depen-dendo das suas vivências prévias.
Não quero mostrar minha visão das coisas do mundo, mastigadas, dilaceradas, deglutidas, como num abstrato. Quero mostrar o meu mundo e deixar a abstração a cargo de cada um, de acordo com seu background.
Vale fazer uma visita no blog RevistaGriffe de onde tirei essa matéria, uma visão diferente sobre arte e cultura.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

É impossivel não postar isso!

Gente! Olha o que essa bela criatura comentou sobre o que escreví recentemente nesse blog, e ela vai querer me matar porque estou postando isso sem a autorização dela, mas eu pergunto:
Como não postar algo tão profundamente esmiuçado?
Um beijo no coração, Vitoria, da proxima vez poste seu comentário no blog, por favor!!!

"Achei interessante sua reflexão quanto ao conceito de arte x decoração. Não discordo porém, se me permite, o complementaria, e baseando-me inclusive em colocações suas, como o "orgulho paterno" e o desejo de reconhecimento do artista. O desejo de expressar, comunicar algo, acho que cria um incomodo irresistível que compele o artista. O ciclo se fecha na recepção da mensagem pelo outro, qualquer que seja a interpretação que o receptor esteja apto a dar. Não entendo arte sendo somente entre o criador e a criatura, daí a necessidade de publicidade, o que é diferente de aprovação. Isso não quer dizer que trabalhos que se dediquem ao mero "enfeitar a coisa" não possam tomar proporções além das intencionadas pelo artesão/artista, para sua própria surpresa. Sinto assim, se passo pela experiência sem que nada tenha me chamado a atenção não senti arte, por mais renomado que seja o artista! Ai vira uma discussão conceitual para os doutos.
Telas no lixo são cartas de amor rasgadas sem serem lidas, que bom vc as recuperar, são vida!
O reconhecimento póstumo de artistas com a valorização de suas obras, passa pela pacificação proposta por uma sociedade reacionária e hipócrita, e desemboca na especulação do capital."


É preciso estar aprendendo, sempre...



Há algum tempo eu estive um pouco parado, sem vontade de produzir, com uma certa depressão artística, comum a maioria de nossa classe.
Os motivos foram vários , mas posso citar um em especial.
Me parecia que tudo já fora criado experimentado e nada mais de novo poderia ser feito e por isso meu esforço em criar perdera o sentido, nessas horas temos amigos e conversei com vários, alguns até com o mesmo problema que eu a mesma dor, mas sempre tem aqueles que relutam em se entregar.
Seguindo conselho dos mais velhos fui pro corredor, encarar meu medo me encontrar...
...e então deparei com essas maravilhosas obras enviada por uma amiga, um tema antigo, uma nova visão; renasci.
Como podem ver a genialidade no refazer o que ja foi exaustivamente feito de maneira a parecer algo completamente novo é que dá ao artista o gosto pelo trabalho, a razão de sua continuidade, sua existência quase ociosa justificada.
Manuel Vilariño, assina essas maravilhosas e estupendas obras aqui expostas (Natureza morta). Um obrigado a você, meu amigo desconhecido seu trabalho estará norteando minhas obras me ensinando que o novo está dentro de mim e não nos meus medos, a inercia causada pelos mesmos foi exorcizada por você, quando crescer serei igual a você!

terça-feira, 9 de junho de 2009

"O REALISMO" - MASP

Pra todo amante da arte e que disponha de tempo e de dinheiro o MASP está com a mostra Arte na França 1860-1960.
“O REALISMO” uma amiga esteve lá e me trouxe noticias de que está muito bela a mostra. Vale à pena a visita! Obrigado, De! Vê se aparece pra comer aquele peixe com alcaparra ok!

Visões de Artistas sobre a arte.

Dando continuação ao ultimo post desse blog, achei que seria interessante mostrar a opinião de consagrados artistas sobre a arte de seus contemporâneos.

“O senhor Delacroix faz anjos. Não sei o que é um anjo, você sabe? Nunca vi um.”
Gustave Courbet , 1855
“O cubismo é de fato uma bobagem que me revolta cada vez mais”
André Drein, 1917
Poderia acrescentar inúmeras citações para demonstrar quão contraditória pode ser a visão de pessoas que respeitamos como artistas e nem por isso a arte como expressão deixará de existir, única em cada um de nós, incompreendida muitas vezes desprezada por quem amamos e desconsiderada pelo que somos erroneamente julgados, às vezes, mas ao ver os inúmeros esforços de expressão artística de tantos amigos que admiro e ao comparar com tantos outros do passado e da atualidade que conheci apenas por catálogos, exposições e amostras, posso dizer que o artista sempre estará buscando reconhecimento.
Mas se é difícil o reconhecimento por parte de nossos amigos artistas, tanto maior será o de nossos parentes diretos, salvo raras exceções, conheço caso recente de um familiar de um grande artista se desfazer de obras caríssimas entregues por um valor simbólico por não conhecer o valor do trabalho em questão, eu mesmo tenho três telas do Zacarias, resgatadas do lixo, pintor que correu o mundo passando por diversos países e que veio terminar seus dias em Franca, telas que estão sendo restauradas por mim e já tem compradores a um preço razoável para o mercado