

Essa é polêmica. Com a queda do simbolismo e ascensão do abstrato na década de sessenta, ocorreu um fenômeno entre os artistas, de um lado os simbolistas, então reis absolutos, alegam que o que os outros fazem não é arte, de outro lado os abstracionistas alegavam que ficando preso no passado não há criação e só cópias sem valor; isso se arrasta até os nossos dias com o agravante que muitas vertentes surgiram desde então nos deixando uma questão a responder:
O que é arte e o que é decoração?
Em minha medíocre opinião, concordo com a definição de um grande amigo e pintor, que Deus o tenha, ele dizia: “A arte, menino, é o fruto do trabalho de um artista, pois ao ir a padaria você não diz que duvida que aquele pãozinho seja um pãozinho, pois ele é fruto do trabalho de um padeiro, da mesma forma se foi um artista que fez então é arte, você tem o direito de não gostar dela mas não tem o direito de dizer que não e arte."
Se o trabalho é feito por um artista com formação acadêmica ou não, isso é irrelevante, desde que seja obra nascida de um pensamento, brotada do desejo de fazer e forjada no âmago do espírito de tal forma, que ao terminar a obra o artista sinta um imenso prazer como num êxtase, e se torne impossível para ele deixar de assinar seu trabalho, como se dá nome a um filho.
No entanto se o trabalho é fruto de uma aula de artes ou de um programa de televisão do tipo olhe e aprenda, mesmo que se torne algo belo e digno de ser admirado esse trabalho é decorativo, é claro que tem seu valor mas deve ser visto como decoração e não pode de forma alguma ser vendido como arte pois isso seria uma propaganda enganosa.
Nas fotos: Eu com minha amiga Edna Síkora recebendo dela um quadro que sempre levarei comigo, Obrigado Edna! Esse foi o auge de todo o meu versissage, e um obrigado também a Pinacoteca de Franca na pessôa do diretor, Wagner Voss.