sábado, 27 de junho de 2009

Postado no Blog do meu amigo



Linah Biasi

A cada dia vemos o aumento do interesse pela arte contemporânea, concomitante à desvalorização dos conceitos clássicos da criação artística.
Devemos lembrar que o processo de formação do artista compreende o estudo das formas, dos volumes, da perspectiva, da luz e da sombra, das superfícies diversas.
Após ter passado um período na Europa, tendo tido contato com as obras dos grandes pintores, passei a refletir qual seria o motivo dessa grandeza. Concluí que não se tratava apenas de genialidade ou originalidade, mas um absoluto domínio da técnica.
Picasso, por exemplo, foi antes de revolucionário, um clássico, e nisto está a grandiosidade da sua transgressão. Não foi cubista por inépcia , mas por opção, e seus conhecimentos de perspectiva trouxeram profundidade aos quadros da nova fase.
Assim, mesmo os modernos demonstram grande domínio das técnicas de pintura.
Tendo feito em minha vida profissional, desde o mais abstrato à reinterpretação de vários clássicos, voltei ao Brasil determinada a mudar a direção do meu trabalho. Nestas circunstâncias, voltei-me ao Realismo como fonte de inspiração. Escolhi o OVO pelo seu aspecto filosófico, como símbolo de renas-cimento. A partir dele, estaria preparando a eclosão de uma nova artista.
Ao trazer a arte para o cotidiano, preocupou-me também os aspectos sociais.
O jovem artista desejoso por trilhar os caminhos da pintura, não necessita de materiais muito dispendiosos nem de uma temática desconhecida. Pode simples-mente iniciar sua pintura a partir dos elementos cotidianos. Este seria o diferencial, mostrar a arte acessível a todos, revelando beleza nas mínimas coisas.
Todos já vimos e já comemos um ovo, mas poucos percebem sua potencialidade artística. Do mesmo modo, cada um terá uma visão diferente das obras. Depen-dendo das suas vivências prévias.
Não quero mostrar minha visão das coisas do mundo, mastigadas, dilaceradas, deglutidas, como num abstrato. Quero mostrar o meu mundo e deixar a abstração a cargo de cada um, de acordo com seu background.
Vale fazer uma visita no blog RevistaGriffe de onde tirei essa matéria, uma visão diferente sobre arte e cultura.

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